Monday, March 19, 2007

Outra Manhã, Outra Aurora


Poem by Renato Flief, Photo by John Rashby-Pollock

Quando creio que me protegem
Um dia terei de proteger

Mas quem protege você de mim?


Quando em uma aurora avisto o sol

Pergunto-me o porquê de suas cores

O porquê de suas cores

E esqueço-me de contemplar


Quando respiro fundo e emudeço

Sou carbônico, sou violeta

Dificultando e dividindo


Vencendo minha própria inércia

Nado com minha imaginação de criança

Com esse despertar de esperança


Eu vivo, eu jovem, eu grito

Rompendo com o eu difícil

O réu rançoso e ríspido

Amanhecendo percebo o risco


Eu movido, eu preocupo, eu protejo

Aguardo outra manhã, outra aurora

Lembrando que existe hoje

Que se eu matar o sol do poente

Jamais terei consciência do nascer

1 comment:

h2epa22cs said...

Beautiful coupling of my photo with Renato's poem. (Can't wait for the translation!)

xojo